A revista “Rolling Stone” publica, na edição deste mês, uma entrevista inédita a John Lennon, de 1971, em que o músico explicava a ruptura dos Beatles.
A razão já conhecida, e a principal, foi a relação conturbada entre os restantes membros dos Beatles – Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr – e Yoko Ono, mulher de John Lennon. Segundo o cantor de “Imagine”, o seu grande sucesso após a saída da banda, “Ringo portava-se melhor", mas "os outros dois" magoaram o casal "a sério". "Nunca os perdoarei", disse Lennon. “Eles desprezavam-na... parecia que tinha que escolher entre estar felizmente casado com eles ou com Yoko. E escolhi Yoko.”
Por outro lado, Lennon não aguentava a mediatização do grupo. “Nós vendemos...e eu senti-me desgostoso com isso”. Na entrevista, afirmou que a ruptura da banda já se previa há algum tempo. A música, confessa, “estava morta” desde que começaram a ter êxito, no início dos anos 60. Por esse motivo, disse, nunca chegaram a melhorar.
No entanto, Paul McCartney parece ter sido um dos factores primordiais para que Lennon decidisse acabar com os Beatles. John Lennon acusou McCartney de querer ser o líder do grupo e que, tanto ele como Harrison e Starr não lidavam bem com a situação. “Estávamos fartos de ser a sombra do Paul”.
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